Michel Rudy Lotrowska, belga de nascimento e brasileiro por naturalização, reside atualmente em Almada. Cresceu e viveu na Bélgica, onde estudou Economia na UCL, mudando-se para o Brasil aos 30 anos.
Formado em Economia pela UCL, Mestre em Saúde Pública pela ENSP-Fiocruz e Licenciado em Música Popular e Arranjos pela UNIRIO, Michel tem uma carreira diversificada. Durante 20 anos, dedicou-se a Médicos Sem Fronteiras, trabalhando em Moçambique, Papua Nova Guiné, Palestina e Brasil. Durante sete desses anos, atuou na Campanha de Acesso a Medicamentos Essenciais (CAME) da organização, representando a CAME na América Latina. Além disso, Michel foi fundamental na fundação do escritório de Médicos Sem Fronteiras no Brasil e do escritório da DNDi (Iniciativa de Medicamentos para Doenças Negligenciadas), onde serviu como director em três períodos distintos, de 2007 a 2021.
Michel é um ativista gay assumido que lutou pelo acesso a medicamentos para a SIDA em África, numa época em que os ARVs ainda não estavam disponíveis. Além do seu trabalho institucional, ele é cantor e músico. Como Michel Tasky, seu nome artístico, ele encontra no samba, um género musical tradicionalmente conservador, uma forma de expressar a sua individualidade e superar barreiras, sendo um homem branco, gay, estrangeiro e louro de olhos azuis. Em 2024, Michel Tasky lançará as suas composições, reflectindo sobre a sua transição de ativista institucional para ativista individual. Ele observa as mudanças tecnológicas e a lentidão das instituições modernas, que não conseguem reagir com a rapidez de um “influencer”. A música tornou-se uma poderosa ferramenta de expressão e transformação na sua jornada contínua de ativismo.