Nasci no Porto onde estudei Ballet Clássico pela Royal Academy of Dance e obtive um Mestrado em Arquitectura. O primeiro contacto com o Graffiti aconteceu em 2003, em Lisboa, através de amigos ligados à vanguarda do movimento Hip Hop em Portugal. É também nesta época que dou os primeiros passos como arquitecta. Em 2006, juntamente com dois colegas, recebi o 1º prémio no Concurso de Arquitetura “Sache_ A Baixa do Porto”, pela reabilitação de um edifício no centro histórico, na Rua D. Hugo, Sé, Porto. Em 2007 escrevi uma dissertação de mestrado onde estudei a Alienação na cidade contemporânea e o fenómeno do Graffiti enquanto subproduto desta. Em dezembro de 2011 abri a Dedicated Store Porto, a primeira loja da cidade dedicada ao Graffiti e Street Art, projecto que mantive durante 11 anos. Durante este período organizei encontros internacionais e vários eventos culturais para promover a Arte Urbana e o Graffiti. Em 2015 fui convidada para integrar as Stick Up Girlz, a primeira Crew Internacional e Feminina de Graffiti. Em 2021 a convite da Delegação da União Europeia em Cabo Verde, criei um projecto com o propósito de Promoção de Direitos e participação activa de jovens mulheres do bairro de Safende, na cidade da Praia. Desde então, tenho desenvolvido projectos humanitários no âmbito da Igualdade de Género e Empoderamento. Em 2023 fui distinnguida com a Medalha de Mérito da Cidade do Porto, pelo Município. No presente, em paralelo com projectos humanitários, é através da pintura de murais e telas, ilustração e escrita de romances gráficos que que expresso a minha Identidade. Conto histórias através de poemas visuais que representam a Ordem no Caos. Combino várias estéticas que refletem a minha expressão individual e a forma como vejo o mundo: acredito que a harmonia do Todo é determinada pela harmonia entre todas as suas Partes. Utilizo a Arte para a criação de memórias felizes enquanto ferramentas de construção da Identidade e do Valor-Próprio, pois acredito ser um instrumento poderoso no que diz respeito às ligações humanas, à partilha e envolvimento comunitário. Transversalmente, o meu trabalho revela significado na Memória, numa auto- representação contínua que transforma a dor em propósito, ‘parede a parede’. Procuro viver nos meus próprios termos e que, a minha persistência, possa inspirar outros a fazerem o mesmo com as suas vidas.